Transamazônica: conheça a história e as curiosidades dessa estrada

Primeiramente, a BR-230, conhecida como a rodovia Transamazônica, é uma via federal brasileira que atravessa o país, com extensão de 4260 km, considerando apenas os trechos construídos. Além disso, a sua construção começou no final dos anos 1960 e estendeu-se até metade dos anos 1970, mas nunca foi concluída devido às suas enormes proporções, podendo chegar a mais de 5660 km com os trechos não construídos.

Contudo, existem dois pontos de início da rodovia, levando em conta suas extremidades: a oeste, inicia-se em Lábrea, cidade do Amazonas, e a leste, em Cabedelo, estado da Paraíba, conectando o Amazonas à Paraíba. A Transamazônica é a terceira rodovia mais longa do país e atravessa importantes cidades do Pará, como Altamira e Marabá, além de outros estados como Piauí, Maranhão e Ceará.

A maior circulação de pessoas e mercadorias ocorre na Paraíba, onde a rodovia começa em uma cidade portuária. Embora tenha sido considerada uma das principais obras durante o militarismo no Brasil, a Transamazônica foi esquecida ao longo do tempo e ainda não foi definitivamente concluída. Muitos se perguntam sobre o destino da rodovia, que já custou muito aos cofres brasileiros.

História da Transamazônica

Antes de mais nada, a BR-230 começa em Cabedelo, na extremidade leste do estado da Paraíba, e atravessa sete estados (Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas) antes de chegar a Lábrea, uma cidade no coração da Amazônia. Atualmente, a BR-230 possui 2.656 km de estradas asfaltadas e 1.577 km de estradas não pavimentadas, totalizando 4.233 km entre Cabedelo/PB e Lábrea/AM, de acordo com guias rodoviários.

Além disso, a Transamazônica, uma estrada planejada pelo governo federal para integrar melhor a região Norte, foi inaugurada em 30 de agosto de 1972 como parte da BR-230. Com 4.000 km de extensão, a estrada atravessa a maior floresta tropical do mundo e é conhecida por suas histórias de garimpo, índios hostis, assaltos em cabeceiras de pontes, animais selvagens e o sul do Amazonas, onde as onças nascem e a malária é comum, além de ser um estado sem lei (Pará).

Para começar, originalmente, a rodovia foi planejada para conectar as regiões Norte e Nordeste do Brasil, bem como Peru e Equador, com um comprimento total de 8.000 km, que deveria ser pavimentada.

A estrada conhecida como Transamazônica foi inaugurada em 27 de setembro de 1972 e é classificada como uma rodovia transversal. A inauguração foi marcada por uma grande cerimônia organizada pelo governo na selva amazônica, que foi projetada para marcar um momento histórico para o país. Naquela manhã, o presidente da República, o general Médici, iniciou a ligação do Brasil do Norte ao Nordeste, marcando o início da Transamazônica.

Durante a cerimônia, uma Castanheira foi derrubada e o tronco remanescente recebeu o nome de Pau do Presidente, e ainda existe hoje em Altamira. A construção da estrada foi parte do projeto chamado “terras sem homens para homens sem-terra”, que pretendia atrair dois milhões de colonizadores para a região.

A Transamazônica foi vista como a solução para vários problemas do país. A estrada ajudaria a tirar as pessoas da seca do nordeste, resolveria a situação agrária no sul e impediria a internacionalização da Amazônia de uma vez por todas.

Curiosidades sobre a Transamazônica

A Transamazônica é uma rodovia icônica que corta a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia. Aqui estão algumas curiosidades interessantes sobre a Transamazônica:

  1. A estrada é uma das rodovias mais longas do mundo, com cerca de 4.000 km de extensão, e foi construída na década de 1970 para ligar a região amazônica a outras partes do Brasil.
  2. A construção da Transamazônica envolveu a abertura de grandes áreas de floresta e a construção de dezenas de pontes, muitas das quais ainda estão em uso.
  3. A rodovia é um importante corredor de transporte para a região amazônica, permitindo o acesso a áreas remotas e a possibilidade de escoamento da produção agrícola.
  4. No entanto, a construção da Transamazônica também teve impactos negativos significativos, como o desmatamento, a perda da biodiversidade e a invasão de terras indígenas.
  5. Ao longo da Transamazônica, existem diversas cidades e vilas que surgiram devido à construção da rodovia, muitas das quais se desenvolveram com base em atividades como a extração de madeira e a agropecuária.
  6. A rodovia também é famosa por suas paisagens incríveis, incluindo rios, cachoeiras e florestas densas, que atraem turistas de todo o mundo.
  7. Apesar de sua importância como corredor de transporte, a Transamazônica ainda é uma rodovia em grande parte não pavimentada e enfrenta desafios significativos de manutenção, especialmente durante a temporada de chuvas.
  8. A Transamazônica é um símbolo da exploração da Amazônia, e sua história e impactos continuam a gerar debates e controvérsias até hoje.

Situação na rodovia nos últimos anos

Atualmente, a situação da Estrada Transamazônica é mista. Embora a rodovia tenha sido asfaltada em alguns trechos ao longo dos anos, muitas partes ainda são de terra batida, o que dificulta a circulação de veículos, fora off road, especialmente durante o período de chuvas intensas na região. Além disso, a manutenção da estrada é precária em alguns trechos, o que pode levar a problemas como buracos, pontes precárias e deslizamentos de terra.

A estrada também é alvo de preocupações ambientais, uma vez que sua construção e uso podem causar impactos significativos na floresta amazônica e em suas comunidades indígenas e tradicionais.

Apesar desses desafios, a Estrada Transamazônica ainda é uma importante via de transporte para a região Norte do Brasil, permitindo o escoamento da produção agrícola, o acesso a serviços básicos e o transporte de pessoas. O governo brasileiro investe em melhorias na rodovia, como a pavimentação de novos trechos e a construção de pontes mais seguras, para tentar melhorar a sua situação.

O contrabando é uma atividade ilegal e altamente prejudicial à economia e à segurança de um país. Infelizmente, a Rodovia Transamazônica, como outras vias de transporte, é usada por criminosos para realizar essa prática.

Para combater o contrabando na Rodovia Transamazônica, é importante que haja uma coordenação entre as autoridades locais, estaduais e federais, além da participação da sociedade civil.

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3 comentários em “Transamazônica: conheça a história e as curiosidades dessa estrada”

  1. Na época da construção dessa importante rodovia eu era criança e morava com meus pais no município de Itupiranga no KM 54 numa chamada Rainha em homenagem um igarapé de mesmo nome, a referida rodovia cortou ao meio as terras que pertencia a meu e com isso fomo retirados, pois de acordo com argumentos da equipe do governo época juntamente com a equipe do Instituto Nacional de Colonização e Reforma AGRÁRIA INCRA Aquelas terras pertencia a UNIÃO e não ao meu e seria objeto de reforma agrária, e considerando as inúmeras desinformações que ocorria nas pessoas que vivia eternamente isoladas dos resto do país, meu pai por falta de conhecimentos não teve o que argumentar, simplesmente desocupou a terra e fomos morar nas periferias da cidade de Itupiranga sem direitos a nada. Sonhos que foram roubados pelas injustiças que assolam o pais desde os tempos mais remotos até os dias atuais. E hoje moro em Anapu ainda continuo na mesma estrada onde meus pais me deixaram quando DEUS os levou. Sou Professor Formado em Pedagogia Pela Universidade Luterana do Brasil, especializado em Educação, orientação, gestão e supervisão escolar trabalho à 55 anos em sala de aula e me encontro graças ao meu DEUS em processo de aposentadoria. Mesmo assim contudo que aconteceu c0om minha família sou um grande admirador do Primeiro modelo de colonização e reforma agrária bem como da construção dessa grande e linda rodovia.

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  2. Na época da construção dessa importante rodovia eu era criança e morava com meus pais no município de Itupiranga no KM 52 numa gleba denominada Gleba Arraínha em homenagem ao igarapé de mesmo nome que banha a região.
    A referida rodovia cortou ao meio as terras que pertencia ao meu pai e assim fomos retirados, pois de acordo com argumento alegado pelas equipes de órgãos do governo na época SUDAM e INCRA a referida área que meu pai tinha como dono tendo em vista a quantidade de anos que habitava ali, e segundo esclarecimentos dos referidos órgãos era da união e não pertencia nada ao meu pai, e cuja área seria objeto da reforma agrária. E considerando a falta de informação das famílias naquela época tendo em vista o analfabetismo e a desinformação era tamanha, minha família não teve si quer nenhum contra argumento diante dos assuntos ali discutidos e tivemos que desocupar abandonando um sonho, uma trajetória, bem como um trabalho que teve inicio na década de 1960 que se estendeu por mais ou menos dez anos em pleno exercício de atividades de agricultura de subsistência, nos plantios de arroz, milho, feijão, mandioca, etc. saindo sem as mínimas condições financeiras pois o que tínhamos estava edificado na região e como não fomos indenizados fomos morar em condições sub-humanas nas periferias da cidade de Itupiranga onde permanecemos por uma grande quantidade de anos e lá migramos para Anapu onde permaneço até os dias atuais. Haja vista que ao lembrar esse episódio consideramos um grande ato de injustiças com minha família um povo tão humilde que éramos e que somos. Mesmo assim sou grato pela construção dessa imensa e importante rodovia criada para fazer a integração da Amazônia as demais regiões do país, bem como ao primeiro e ultimo modelo de reforma agrária criada no Brasil através do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA. Meus pais Deus os levou e hoje moro aqui com alguns dos meus irmãos, sou Professor formado em pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil e especializado em gestão orientação e supervisão escolar tenho 62 e dois anos de idade e 35 anos em pleno exercício do Magistério sala de aulas.

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